segunda-feira, 2 de julho de 2012

Amo-te

ELE: Estou ?
ELA: Olá .
ELE: Quem é?
ELA: Sou eu, a felicidade iludida.
ELE: O que é que tu queres?
ELA: Dizer que te amo.
ELE: OUTRA VEZ? Eu já ouvi isso 15 vezes. Nao te cansas?
ELA: Quem ama nao cansa...
ELE: Mas eu canso... Eu nao te amo!
ELA: O que?
ELE: é isso mesmo, eu iludo e por isso me chamo ilusao do amor.

Neste exacto momento uma lagrima corre na minha face...

ELA: Como podes dizer isso?
ELE: Dizendo que nao te amo. Nao devo nada a ninguem.
ELA: Nao deves nada?
ELE: é claro que não.
ELA: Deves sim. O teu amor.
ELE: Que amor?
ELA: Tu fazes-me voar tao alto e agora dizes que nao me amas?
ELE: Deves estar a ficar louca!

E as lagrimas insistentemente nao paravam de cair...

ELA: Estou mesmo louca...acreditei em ti!
ELE: Tu sabias que era só amizade, não?
ELA: Claro que não... Dizes-te tantas coisas... E ainda me deste um beijo!
ELE: Um beijo? Aquilo nem foi beijo...
ELA: Nao foi? Entao o que foi?
ELE: Ok... Foi um beijo sem significado.
ELA: Ah e um beijo sem significado deixa de ser beijo?
ELE: Não.
ELA: Quer dizer, eu nao significo nada para ti?
ELE: Significas...
ELA: O que?
ELE: Uma grande conta de telefone no final do mes. Agora vou desligar.
ELA: NãO... Por favor!
ELE: Porque?
ELA: Porque eu te amo...
ELE: Qual o valor que o teu amor me vai dar?
ELA: Felicidade.
ELE: Eu quero coisas materiais...
ELA: Eu vou ser tua...
ELE: Isso nao vale... Quanto é que tu vales?
ELA: Porque esta pergunta?
ELE: Se eu enjoar de ti posso-te empenhar?
ELA: O que é que eu fiz para me tratares assim?
ELE: Amar-me! Agora vou desligar!
ELA: NÃO, por favor!!!
ELE: Queres parar com isto? TOU FARTO!
ELA: Não... por favor, não desligues.
ELE: ...
ELA: Fala comigo...
ELE: ...
ELA: Por amor de Deus, diz que me amas!
ELE: OUVE... eu já estou farto de ti. Agora ve se me esqueces.
ELA: Eu prefiro morrer do que te esquecer.
ELE: Ai é? Entao mata-te!
(Ele desliga.)
ELA: Não... por favor... Não me facas isto, eu amo-te.

ALGUNS DIAS DEPOIS...

- Do que morreu esta rapariga? - Perguntam
- De intoxicação. - Responde a enfermeira.
- Coitada... ela tinha algum problema? - Perguntam
- Sim, sofria de amor... - Responde a enfermeira.

E entao, no dia do funeral o rapaz de que a rapariga gostava apareceu no local prestando a sua ultima homenagem e lancou uma rosa vermelha e disse baixinho:
- Amo-te!